terça-feira, 4 de outubro de 2016

Uma rosa cor de sangue

 
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Curva-se o tempo
Ante o vermelho escrito
Pelas mãos
Das grandes cidades

Sangue não é só cor
Corpo de suor
Tinto

Sangue também jorra
Quando perde a cor
no caminho
(espinhos
Não tiram da rosa
O direito de transpirar)

Sofre a rosa
Sofre o espinho
Sofre a cor
Sofre o sangue
(estranho
É o momento em que
Não morre,
Mesmo com pedras
Sem pétalas
Já enredada
Em redemoinhos
De outras cores.)

editora ano 1
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