quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Mais um eu















O teu corpo
Junto ao meu
(tal qual
Atahualpa Yupanqui
Quando mais homem
Que guerrilheiro
Gritava pela América
A partir
De uma aldeia...)

(tal qual
Taiguara
Despejava o universo
Em um corpo...)

É o teu corpo
Junto ao meu
Morre aos poucos
Diante desta vida única
Escrita
A quatro mãos
À ponta de faca
No dorso da língua

O teu corpo
Junto ao meu,
Não somos nós,
Somos outro eu.



editora ano 1
Tem uma mesa na Biblioteca Parque Estadual (RJ) esperando por nós.
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(21) 99682-8364 - joaodeabreu9@gmail.com


terça-feira, 30 de agosto de 2016

O querer do não querer












Eu não quero
Cruzar os braços
Sobre cruzes amaldiçoadas
Em ossos

Eu não quero
Sorrir
Com os dentes
De quem diz que a alma
Não existe
Ou existe para servir
A si mesma

Não é que eu não queira
Mas o que eu quero
É querer
E não “não querer”

Eu quero esse infinito
Me cansando
Esse horizonte
Me atiçando
Esse impossível
Me permitindo
Ser eu mesmo
Assim com eu sou
Nem mais
Nem menos
Apenas o que eu sou



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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Perto de mim

















Nenhum amigo meu
Vai ficar triste
Perto de mim
Até porque “perto de mim”
É um lugar muito longe

“Perto de mim”
É sentir-se uno com
As alegrias
E as lágrimas
De qualquer dia

“Perto de mim”
Não quer dizer nada
Nada não quer dizer nada
Apenas sorrio
Para que nenhum amigo meu
Fique triste



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domingo, 28 de agosto de 2016

Nuvem e fumaça












Não sei bem
Como se diz
Às vezes
Fico calado
Porque certas palavras
Veem
Mais do que eu



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sábado, 27 de agosto de 2016

Eu sem você - III


tonigaleria.wordpress.com










Não sei bem
Com lei ou não
Sem eira nem beira
Como posso falar
Sem certas palavras
São como as nuvens
Ou aves
Que passam por mim
Diante de mim
Dentro de mim
Como se fossem
Apenas locomotivas
Alimentadas de vento
E movimentadas
Por um fogo
Em que me amparo
Entre fumaça
E o que ainda juro
Chamar de nuvem

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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Eu sem você - II












Eu sem você
Sou como a flor do sol
Germinando os polos da Terra
Como se fôssemos apenas
A inclinação dela
E não e também
A curva de Einstein
(embora Einstein
Tivesse sido apenas
A flor de um desamparo
Espiritual
Embora tenha dito
O contrário
Que Deus não joga dados...).

Eu sem você
Sou assim
Como um claro amor
De jardim
Em meio a tempestade
Versos adversos

Adivinhe os versos
Que virão a seguir
Passo a passo
Ritmo a ritmo
Adivinhe...

Adivinhe os olhos
Do próximo ser humano
Que passar por mim
Passo a passo
Mostrando seu caminho
Antes do próprio caminho
Ser seu

Adivinhe os céus
Nos olhos de quem
Você ama
Mais do que os próprios céus
Nos olhos de alguém
Que você não crê
Mas acredita
Ser

Adivinhe...



Nuvem e fumaça

Não sei bem
Como se diz
Às vezes
Fico calado
Porque certas palavras
Criam arrepios
E não sou eu

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Eu sem você - I










Eu sem você
Sou arroz sem feijão
Para um carioca
Mais que isso
Para um brasileiro

Eu sem você
Sou História Antiga
Sem Macedônia,
Egito
Sem papiros
Sem papéis antigos
Sem amigos
Que lutavam tanto por nós
Quanto pelos nossos
Melhores anciãos
No tempo
Em que os anciãos
Não eram velhos
Eram antigos conhecimentos
Em alma humana
Prontos para morrerem
Em nome
Da continuidade da vida


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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Todos os dias do mundo












Cada mundo tem seu dia
Cada dia tem seu mundo
Cada mundo tem seu rumo
Cada dia, um destino

Fernando Pessoa
Tinha o seu

Caetano Veloso
O dele

João Ayres
Ainda

E eu?!

Meu mundo de poesia
Pousará sobre quem?!
O quê!
Quando?!


Em você sou eu?!
Ninguém em mim?!

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Vendedor de coisas














Fui vendedor de coisas
Aos 7 anos de idade
Só meu pai sabia
E eu nem queria saber
O que eu vendia

Aos 14 anos
Abri meu próprio comércio
Fui adiante
Com certezas e enganos
Que a vida não permite
Que uma criança
Ou um adolescente
Saibam o que em minha vida
Existia

Com 18 anos
Virei poeta sem querer
Apenas por um descuido
Da maresia
Da Baía de Guanabara

Com 25
Fui internado
Mas não morri

Com 30
Foi magoado
Mas não morri

Com 40
Fui traído
Mas não morri

E assim por diante
Amor diamante
Ou ódio de ferrugem
Nunca morri


Pelo menos por enquanto!!!



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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Eu sem elas


paisefilhos.pt









São tantas
Parecem até
Mais do que eu
Parecem, em pé,
Maior do que o planeta
Deitadas,
Menores do que um gamedta


E quem sou eu?!

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domingo, 21 de agosto de 2016

Chuva e suor e águas












Não vou nem perguntar nada
Sei bem por que chove
Lá fora

Aqui dentro de mim
Chove há muito
Dentro de mim

E sei por quê...

Só não quero saber
É por que chove
Lá fora

Sei que,
Quando chove em mim,
Minhas águas remexem
Alguma coisa
Maior
E mais do que elas

Levantam o pó
do fundo
e a poeira cósmica
nasce daí
de onde eu sinto
que chove
em mim


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sábado, 20 de agosto de 2016

Quem será você?!  -  II












Você já ouviu sua consciência
Como se alguém estivesse
Diante de você
Com uma metralhadora
Em uma das mãos
E, na outra,
Com uma flor branca
E indefesa?!

Já?!

Então, não tente fugir,
Não tente escapar
Pelas academias
E pelas conjugações verbais...
Você é um poeta...

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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Quem será você?!  -  I















Você já ouviu alguém
Falar pelos olhos
O que só a língua poderia?!

Você já olhou alguém
Como se esse próprio alguém
Estivesse te olhando?!

Você já mergulhou no mar
Mesmo que o mar
Esteja a quilômetros de você?!

Você já prestou atenção ao vento
Mesmo naquele instante
Em que o movimento
Era só de trabalho
E exploração?!



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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Metamorfia











Não tenha medo de se abrir,
Pode ser que isso
Não seja uma ruptura
Com o passado

Pode ser que
Alguma coisa nova
Apareça
(Provavelmente
Em forma de fantasma,
Porque os fantasmas
Se alimentam de nosso medo)

Existem no mundo
Becos
Que têm saída
Os muros
Podem ser apenas
Um pouco de exercício
Para crescermos
Mais fortes


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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Temporalidade - II









Amanhã,
Quando eu acordar,
Esse pesadelo terá fim
Ou pelo menos
Uma finalidade:
Fará de mim
Um novo ser
Um novo modo de ser
Um novo modo
De amar
E ser amado
Por tudo
Diante de tudo

(sendo Tudo
Aquele que,
Por muito pouco,
Nos faz muito.)


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(Quase 50 anos em editoria)


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Temporalidade - I













Talvez seja tarde
Talvez não haja
Mais Terra ou
Outro planeta qualquer

O crepúsculo grita
Em nossos ouvidos
E não ouvimos

Canta
Para tentar
Enganar a si mesmo
E no entanto
Esquecemos de cantar

(sendo que canto
É uma manifestação
Que vem dentro do homem
Como uma oração)
Já é quase noite
E tudo vai escurecer...


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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

De flor, de amor e de espinho












Digo-lhe, amiga,
É bom sonhar contigo!

Todo dia
E também
Toda noite!

Alegria!

Às vezes
(e olha que às vezes
Dura uma eternidade)

É bom sonhar contigo
Tendo o chão como céu
E o segredo do Universo
Num simples pedaço de pão


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domingo, 14 de agosto de 2016

Rítmica equação - II












Cada um de nós
É um milagre
À beira do caos

Caos
Sempre é o começo
De tudo
(ou de um homem
Ou da humanidade)

Todas as equações
Têm o mesmo resultado

Nossas vidas
Enquanto água em movimento
Nunca morrem,
Apenas encaminham-se...


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sábado, 13 de agosto de 2016

Rítmica equação - I













Na vida existem
Muitas fórmulas
Muitas equações
Todas matemáticas
Da existência humana

Na verdade,
Existem
Tantas quantas
São, em número,
Pessoas no mundo

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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Geosofia













Não somos nós
Que fazemos amanhecer
O dia

O sol brilha
Sempre
E muito mais
Que qualquer mera
Semelhança

Apenas
Somos nós
O que nos resta
Da luz
Da memória de um dia
Que ainda virá
Ou viria
Sendo sombra da paz

A não ser
Que o sol nasça
Para sempre dentro
De cada um de nós
Algum dia

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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Solidão – II

















A solidão
Não é um mal em si
Nem um bem
Que exige o incêndio
De nossa atenção

A solidão
É o que o Universo
Tem de certo
Entre o passo inseguro
E o olhar inquieto
De quem segue em frente
Sabendo-se pleno
Entre o que há de si
E o que há de mundo
Em cada um de nós

(De dia,
o que há de Lua;
de noite,
o que há de Sol)


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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Solidão - I














Na minha solidão
Eu converso com o mundo
Eu conservo a afinidade
Com a língua
E a linguagem da fé
Na dúvida
De uma vida a mil

Na solidão do mundo
Eu converso comigo mesmo
Em verso ou em prosa
Com a alma leve
Ou o corpo pesado
Sou anverso
Do que foi perdido


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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Cada milionésimo de segundo












... até você vier
até quando você puder
até quando o nosso tempo
for igual ao tempo do mundo...

pelo menos
e por enquanto
nós dois
acreditarmos no canto
ausente de tempo

mais ainda
sobrevivendo

canto denúncia
canto renúncia
canto ausência
canto esperança
canto excrecência
(mineral)

Sequência natural:
Nossa existência

Consciência
do que somos agora
(pai e filho)
até o teu dia de ser
(pai e filho)
e o Dia do Mundo
(Pai e Filho)

Em cada átomo
de Eternidade

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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Oração sem rumo - II


bemabstrato.blogspot.com










Porém amanhã,
Quando eu acordar,
Esse pesadelo terá fim
Ou pelo menos
Uma finalidade:

Fará de mim
Um novo ser
Um novo modo de ver
Um novo modo
De amar
E ser amado
Por tudo
Diante de tudo

(sendo Tudo
Aquele que,
Por muito pouco,
Nos faz tanto
e muito.)


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domingo, 7 de agosto de 2016

Oração sem rumo - I


br.fripik.com












Talvez seja tarde
Talvez não haja
Mais Terra ou
Outro planeta qualquer

O crepúsculo grita
Em nossos ouvidos
E não ouvimos

Canta
Para tentar
Enganar a si mesmo
E mesmo
Esquecemos de cantar

(sendo que canto
É uma manifestação
Que vem do homem
Como uma oração)

Já é quase noite
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sábado, 6 de agosto de 2016

Sonhando sem fuzis


fotosearch.com.br








Digo-lhe, amiga,
É bom sonhar contigo!

Todo dia
E também
Toda noite
Eu sonho contigo!

Alegria!

Às vezes
(e olha que às vezes
são pequenas eternidades)
eu não sonho

mas, quando não sonho,
sempre acordo
do teu lado.

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