quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

obrigado, filho. Pelo belo pranto, pelo canto que um dia por alegria você também cantará por sentir o encanto de um filho que te fará chorar por instinto porque o amor às vezes é um espanto, tanto quanto um desalento mas nunca o momento santo onde mora, onde vive, onde eternamente eu e você estamos juntos, quando eu te ensinei e agora você me ensina pelo menos por enquanto, até chegar o dia em que o vento deixará as folhas e as flores caírem ao chão sem dor, sem tormento, tal como a flor desse instante, em que eu te amo pétala por pétala, célula por célula, com a seiva do que sinto. Do sol, a cor que nenhum pintor reconhece, a não ser que encontre em sua própria prece a manhã primeira do milagre de ser o pai que ama, o amor que lhe cai, como cada chama que o sol reclama aos seus filhos planetas, como a ti exclama meu velho coração que te olha até hoje como se ontem ainda fosse o futuro do que entendo como um homem cantando, o que outrora (até mesmo chorando) fui feliz sorrindo, como hoje te olhando rogo aos céus sejas um filho não só meu mas, principalmente, de Deus, sempre que Ele for eterno, enquanto eu apenas um sopro de vento que há vinte e cinco anos te cobre com o manto do viver, mesmo que seja o encanto deste sofrimento que é reconhecer que, apesar de muito, não sou tanto não sou tanto não sou tanto sou tanto sou tanto sou tanto sou tanto sou tanto

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